quarta-feira, 12 de junho de 2013

Pai Rico, Filho Nobre e Neto Pobre!

Quem ainda não ouviu o dito "Pai Rico, Filho Nobre e Pai Pobre". Certamente os mais jovens nem ouviram falar em marcas como Mesbla, Arapuã, Mappin, HM, JH Santos, Imcosul, Wogg, Wallig, recentemente a Natan Jóias e tantas outras importantes organizações que desfilaram no passado nas primeiras posições no ranking nacional em seus segmentos em suas épocas.
Em minha carreira como executivo, passei por algumas empresas que vivem hoje exatamente esta situação. Entretanto, seus gestores acomodados em suas zonas de conforto, infelizmente não se atentaram ao processo de decadência que se submeteram porque ainda se socorrem no Caixa Rico da empresa, deixado pelo fundador.
Imaginem nos dias de hoje uma empresa suportar uma folha de pagamento de 500 Funcionários em uma fábrica com eficiência inferior a 40% e tendo que amortizar investimentos recentes de mais de R$ 120 Milhões;
Em grades elementares de custos nos mostram que uma empresa com custo fixo na ordem de R$ 7 Milhões , rateado em sua capacidade instalada de Mão Obra Direta (250 pessoas) com eficiência de 40%, fica com sua Taxa Hora em torno de R$ 390,00  por HH;
Ao considerar as taxas de Pis e Cofins, ICMS, Margem e Comissões de Vendas, seu PV (Preço de Venda) por HH deverá ser em torno de R$ 650,00.
Pergunta-se: Qual o produto em um mercado altamente concorrido, com produtos Chineses desembarcando diariamente em nossos portos poderão absorver estes valores ?
É fácil alegar que os produtos chineses são baratos porque tem "mão de obra escrava" e que não possuem tecnologia. Ledo engano! Lá tem tantas porcarias quanto aqui. O certo é que tem muitos produtos de primeira linha e definitivamente mas baratos. Ganham no volume com uma carga tributária mais baixa é claro, margens menores e definitivamente com maior eficiência que os mesmos produtos aqui fabricados.
A estruturas extremamente inchadas, Gerentes que sequer sabem utilizar uma Planilha Excel, RH com conduta de DP, Administração Centralizada, eficiência administrativa abaixo da crítica, fábrica sem ritmo, sem planejamento e sem indicadores gerenciais, caminham exatamente para o naufrágio.
Por falar em naufrágio não há como deixar de citar a "frase célebre" do Comandante do Titanic Edward Smith ao declarar que "Nem Deus afundaria aquele navio". No entanto encontrou em seu caminho um ICEBERG com 30 metros de altura sobre a água, quando normalmente escondem sob a água oito vezes mais.




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