O Empresário que trabalha sem lucro acaba trabalhando o mês inteiro para
Funcionários, Impostos, Encargos e Fornecedores. Isso se já não estiver
faturando abaixo do CPV ( Custo do Produto e ou Serviço Vendido).
Sem pagar suas contas obviamente os fornecedores se retraem, as contas
básicas de Aluguel, Energia, água e
telefone não esperam e funcionários acabam deixando a empresa ou tomam atitudes para serem
demitidos.
A empresa passa a operar desfalcada em seu quadro, seus custos de turn over
e absenteísmo fogem do controle e certamente nem o seu próprio pró labore terá direito de retirar. Afinal, todos
sabem que o Patrão é o ultimo a ser pago, isso se sobrar!
O CPV clássico é a soma dos Custos Fixos mais Custo Variável antes dos impostos, margem, comissões e custo
financeiro. Portanto, se a Empresa tiver faturando o valor igual ao CPV ela
está operando no Ponto de Equilíbrio ou
em linha de risco muito sério.
Faturando apenas o CPV o risco é previsível e a duração disso será do
tamanho da paciência dos credores das contas de comissões, Impostos e Custo Financeiro. Portanto a única conta que o
empresário pode "empurrar com a barriga" é a de sua margem.
Neste caso, particularmente sou da opinião que o Ponto de Equilíbrio deve ser
considerado com todas as contas e com suas taxas cheias, exceto a da margem.
O que me deixa realmente impressionado é o quanto a maioria das empresas
operam as cegas e no aperto jogam a culpa nas na crise, no mercado retraído ou no povo sem
dinheiro. Aí, você caminha 300 metros, entra em concorrentes que estão administrando
longas filas de negócios, estão ampliando seus quadros de funcionários, fazendo
altos investimentos em reformas e melhorias, etc. Ou a crise não passou por
lá ou estão cumprindo a cartilha básica
de administração.
Por entender que o Dono do Negócio tem o direito apenas de sacrificar o seu
bolso, não sobram alternativas efetivas
a não ser mudar os resultados disso ou passar o bastão!
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